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Arquitetos: studio anettai
- Área: 86 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Hiroyuki Oki
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Fabricantes: AutoDesk, Lam.weavingspaces, Picasso Terrazzo, Vu Hoang Anh, nanoHome
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto localiza-se em um condomínio vertical na cidade de Ho Chi Minh, no Vietnã. A unidade foi transformada em uma residência/showroom onde os visitantes podem apreciar uma coleção de móveis e luminárias – com destaque para a renomada marca de móveis dinamarquesa, a Fritz Hansen. Os móveis estão divididos em 5 espaços diferentes: entrada, estar, jantar, estudo e dormitório, cada uma definida por um acabamento de piso de cor diferente. Jardineiras de formato orgânico separam suavemente os espaços com plantas tropicais.
Um showroom tropical - Depois de estudarmos a coleção de móveis do cliente, percebemos que as peças combinam não só com interiores escandinavos, mas também com outros ambientes estrangeiros, como uma antiga ruína histórica ou mesmo uma tradicional casa japonesa, por exemplo. Isso se deve ao seu design universal e atemporal. Por isso, optamos por redefinir a coleção apresentando-a em um novo contexto: o tropical. Os visitantes agora podem encontrar os móveis em uma exuberante floresta tropical, entre caminhos sinuosos que subvertem a configuração da galeria de arte em forma cúbica e com paredes brancas.
Externalidades criativas - Um empreiteiro com muita experiência teve um papel crucial para a realização do piso em granilite. Esse resultado foi obtido graças a uma discussão aprofundada sobre os pigmentos, os tamanhos dos agregados e os detalhes. O acabamento do piso faz uma transição perfeita entre as superfícies horizontais e verticais através de uma suave curva, substituindo o rodapé convencional. Os cantos sem bordas ajudam a criar uma sensação de fluxo livre no espaço.
Da mesma forma, os móveis embutidos de madeira feitos especialmente para o projeto e a longa cortina de linho que cobre o quarto e as janelas foram produzidos sob a supervisão de jovens talentos locais. Tais intervenções de terceiros são o que chamamos de “externalidades criativas”, que sempre tentamos incorporar como um processo de projeto coletivo e cooperativo para alcançar algo mais do que um produto de catálogos, selecionados pelos arquitetos.
Convivência - O projeto nasce do que hoje é chamado de “internacional” – objetos modernos e com geometria simples. Ao incorporarmos outros fatores locais de forma ativa, como designers locais, criatividade do artesão e plantas tropicais vibrantes, o projeto busca alcançar um ambiente onde as características locais e o "internacional" possam coexistir, criando uma nova simbiose entre esses dois sistemas.